Saturday, March 20, 2010

O Papa é punk!


Leitores,

Eu geralmente não escrevo opiniões sobre o mundo, basicamente porque sou muito egocêntrica pra isso. Meu mundo sou eu, então eu escrevo sobre mim. Acontece que, nestas últimas semanas, uma mesma notícia em jornais de todo mundo vem martelando minha cabeça:

Padres pedófilos.

Há! Só agora a indignação?

Vamos começar pelo caso de Oliver O’Grady, padre nascido na Irlanda que fez carreira no norte da Califórnia e já admitiu ter molestado aproximadamente vinte cinco crianças – meninos e meninas. Os abusos de O’Grady na Califórnia vão da década de 70 até 90, ou seja, quase vinte anos de estupros que seguem impunes.

A arquidiocese da Califórnia, ao saber dos casos sobre O’Grady, pediu o silêncio das vítimas e transferiu o padre para outra paróquia do mesmo estado – aonde Oliver continuou a molestar crianças. E assim, de paróquia em paróquia, padre O’Grady continuou sua série de estupros por debaixo da barra da saia da igreja católica.

Papa Bento XVI foi informado sobre as atitudes de Oliver e, tão eficiente quanto um tubarão no deserto do Saara, fez porra nenhuma.

Familiares das vítimas estupradas por O’Grady tentaram processar o Vaticano e o Papa por conspiração. Mas aí é que vem a melhor parte desta história: presidente dos Estados Unidos, na época, George W. Bush, rapidamente passou uma lei que proíbe qualquer processo contra Bento XVI nos Estados Unidos. Sim, o Papa é imune, impune e sagrado.

Qualquer outro estuprador estaria na prisão diante de provas, testemunhas e testes de DNA. Oliver O’Grady, no entanto, continua livre, hoje em Dublin.

Agora, essa semana a coisa explodiu: são casos sobre padres estupradores por todos os lados: Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Austrália e Brasil são os mais gritantes.

Meu desprezo pela igreja católica vai muito além do estupro de criancinhas: essa é a instituição que queimou mulheres sem qualquer motivo, apoiou a escravidão, luta contra o casamento gay, contra o uso de contraceptivos e camisinha... E claro, o aborto não poderia ficar de fora. Esta, meus caros, é a sagrada igreja católica.

Também na semana passada, a filha de um casal de lésbicas americanas foi expulsa de um colégio católico nos Estados Unidos. O motivo? As mães da menina são homossexuais. Plausível, não?

“Quem mandou você escolher uma lésbica pra dar a luz a você? Sua semente do mal!”

Eu não estou inventando essas coisas! Acreditem: eu invento a maioria das minhas estórias, mas as bizarrices da igreja católica, essas não sairiam da minha cabeça nem que eu tentasse a base de chá de lírio.

Meu ponto aqui, sem ser diplomata sobre o assunto, é:

Católicos, se vocês continuarem a ir a igreja, vocês são extremamente burros!

Tirando o fato de eu ser uma atéia assumida, eu não quero convencer ninguém sobre a não existência do além, ou sobre como Jesus nunca existiu. Não. Acreditem nas balelas da Bíblia. Mas, puta que o pariu, parem de dar suporte a uma das instituições mais atrasadas, preconceituosas e maldosas da história!

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